Sobre os projetos

Além dos concertos e espetáculos apresentados no mês de novembro, a programação do Festival é formada também por diversos projetos que acontecem ao longo de todo o ano. São eles, o VOE (Vitória Ópera Estúdio), programa de formação e aperfeiçoamento para estudantes e profissionais da área de ópera; o Núcleo de Criação de Ópera, que promove a criação de novas óperas brasileiras a partir de processos colaborativos; o Concurso de Canto Natércia Lopes, único no Brasil que não estabelece uma idade limite para os participantes; o Opera-cional, projeto de capacitação profissional em funções técnicas de espetáculos operísticos; o Concertos Itinerantes e o Ópera nos Bairros, voltados para comunidades e setores da sociedade que geralmente não têm acesso às salas de espetáculo.

Vitória Ópera Estúdio (VOE)

O Vitória Ópera Estúdio (VOE) é um programa de formação e aperfeiçoamento para estudantes e profissionais da área de ópera, criado por Livia Sabag e Tarcísio Santório em 2014. Foi um dos primeiros programas nacionais intensivos de formação e especialização voltados para artistas do campo da ópera.

Suas edições anteriores contaram com a participação de grandes nomes do Brasil e do exterior, como os preparadores vocais e professores de dicção Jocelyn Duek e Fabio Bezuti, os encenadores Marc Verzatt, Livia Sabag e Marco Gandini, o maestro Gabriel Rhein-Schirato, o cenógrafo Nicolás Boni, o jornalista João Luiz Sampaio e os cantores Maria Russo e Fernando Portari. 

2025 – 6º VOE

A edição deste ano aconteceu entre os dias 1 e 17 de julho e teve a ópera La Molinara, de Giovanni Paisiello, como objeto de estudo. Foram oferecidos quatro módulos de formação: interpretação musical e cênica, regência, direção cênica e correpetição, com aulas ministradas por Marco Gandini, Gabriel Rhein-Schirato e Fabio Bezuti.

O projeto foi concluído com as apresentações de uma montagem de La Molinara, com direção cênica do italiano Marco Gandini, na série Quarta e Quinta Clássica da Orquestra Sinfônica do Estado Espírito Santo, nos dias 16 e 17 de julho no Palácio da Cultura Sônia Cabral, em Vitória.

Concurso de Canto Natércia Lopes

Criado em 2022, com direção geral de Tarcísio Santório, direção artística de Livia Sabag e coordenação de Gabriel Rhein Schirato, o Concurso de Canto Natércia Lopes tem como principal objetivo o fomento do canto lírico no Brasil. 

É o único concurso nacional que não estabelece um limite máximo de idade para os participantes. Oferece prêmios em dinheiro a diferentes categorias, e a oportunidade de participação em um concerto com a OSES – Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo – no encerramento do Festival.

2025 – 4º Concurso 

A quarta edição do concurso aconteceu entre os dias 4 e 7 de setembro, na Casa de Música Sonia Cabral, em Vitória.

 A banca julgadora foi formada por profissionais de referência do meio operístico: Eiko Senda, cantora e diretora da Cia de Ópera do RS; Gabriel Rhein-Schirato, maestro e presidente da banca; Helder Trefzger, maestro titular da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo; Livia Sabag, diretora cênica e artística do Festival de Música do ES;  e Ricardo Appezzato, gestor artístico da Santa Marcelina Cultura.

 Os classificados em primeiro lugar de cada categoria cantarão no Concerto de Encerramento do Festival, junto à Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo, dia 29 de novembro, no Teatro SESC Glória, em Vitória.

Opera-cional

O Opera-cional é um projeto de capacitação profissional para pessoas interessadas em atuar nas funções técnicas de espetáculos operísticos.

 Suas edições anteriores ofereceram cursos com o iluminador Fabio Retti, a figurinista Luza Carvalho, a diretora de palco Helen Ferla e o cenotécnico Alicio Silva.

 Opera-cional

Em 2025, o Opera-cional receberá a iluminadora Valeria Lovato para ministrar um curso sobre programação em console de iluminação (prático e teórico), que acontecerá durante a preparação do espetáculo de abertura da 13ª edição do Festival.

Valéria Lovato iniciou na iluminação em teatros de grupo aos quinze anos. Estudou Física na Unicamp, formou-se em Iluminação na SP Escola de Teatro, em Lighting Design na Accademia alla Scala de Milão e em Fotografia pela Unicid. Coordenou por sete anos a equipe de luz do Theatro Municipal de São Paulo e atuou como lighting designer em Os Pescadores de Pérolas, Nabucco e O Canto do Cisne, entre outros. Foi docente na SP Escola de Teatro e na Accademia alla Scala. Hoje é programadora no Teatro alla Scala, onde atuou como datore luce em Der Rosenkavalier, em 2024. 

Curso: Introdução à programação em console de iluminação
Professora: Valéria Lovato
Carga horária: 9 horas
Datas e horários:
31/10 das 9h às 11h30
3/11 das 14h30 às 17h
9/11 das 10h às 12h e das 14h às 16h

Concertos Itinerantes

A série Concertos Itinerantes é parte de um conjunto de iniciativas do Festival voltadas a comunidades e setores da sociedade que, geralmente, não têm acesso às salas de espetáculos e demais espaços culturais. 

Tem como principal objetivo promover a democratização do acesso à cultura, através da apresentação de repertórios pensados especialmente para públicos que têm pouco contato com a música de concerto.

A iniciativa reforça a importância da cultura como ferramenta de inclusão e transformação social. Dentro da atuação social da Shell, os concertos complementam outras iniciativas de inclusão, como os projetos Ídolo Social, Atividades Físicas Adaptadas e Inclusão (AFAI) e Projeto Esporte Paralímpico e Inclusão (EPI).

Dentre os locais de apresentação das edições anteriores estão a Praça dos Namorados, a orla da Praia de Camburi, em Vitória, o Convento da Penha, o Centro de Convivência da Terceira Idade, o calçadão da Praia da Costa e a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, em Vila Velha.

2025

Em 2025 a série fará três apresentações do concerto Águas Claras em cidades do Estado do Espírito Santo.

O programa traz obras com diferentes formações para voz, piano e clarinete, dos compositores brasileiros Heitor Villa-Lobos, Cláudio Santoro, Gilberto Mendes, Villani-Côrtes e Pixinguinha, e duas peças de compositoras estrangeiras, a portuguesa Constança Capdeville e a sueca Kaija Saariaho.

Interestadual

A série Interestadual é uma ramificação da Concertos Itinerantes, e tem como objetivo viabilizar a circulação de produções criadas no Festival, de modo expandir o alcance a novos e diversos públicos, difundir a música capixaba e promover ações artístico-pedagógicas orientadas por artistas renomados. 

Será inaugurada no Museu do Amanhã, na cidade do Rio de Janeiro, com uma apresentação da OSES – Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo, correalizadora do Festival, promovendo a integração de projetos patrocinados pela Shell.

O programa, que traz obras do russo Dmitri Shostakovich e das brasileiras Lina Pires de Campos e Cibelle Donza, será regido pelo maestro Helder Trefzger.

Ópera nos bairros

O projeto Ópera nos Bairros faz parte do compromisso do Festival de levar arte e cultura a todos, em sintonia com os projetos EPI, AFAI e Ídolo Social, apoiados pela Shell.

As edições anteriores contaram com a participação da companhia de teatro de bonecos Pequeno Teatro do Mundo, que circulou por várias cidades do estado do Espírito Santo apresentando os espetáculos Rossini por um fio, criado a partir de obras do compositor italiano Gioachino Rossini, e Onheama, uma adaptação da ópera homônima do compositor brasileiro João Guilherme Ripper.

2025 

Nesta 4ª edição, o Ópera nos Bairros apresentará Filhote de Trem, um espetáculo cênico-musical inspirado na obra homônima da escritora paulista Memélia de Carvalho, com música de  Heitor Villa-Lobos, Carlos Gomes e Chiquinha Gonzaga.

Voltado para o público infanto-juvenil, Filhote de Trem conta a história do sonhador Piuí, um trenzinho que busca uma vida diferente da que os pais, e a sociedade dos trens, imaginaram para ele. Piuí quer ser livre, quer trilhar caminhos novos e voar alto, muito alto.

O elenco é formado pela soprano Isabella Luchi, o violoncelista Jonathan Azevedo e o percussionista Gabriel Novais.

​A idealização do espetáculo é de Livia Sabag, a direção musical, adaptação e os arranjos de Belquior Guerrero e a direção cênica, adaptação, figurinos e adereços de Tamara Lopes.

Núcleo de criação e ópera

O Núcleo de Criação de Ópera é uma iniciativa do Festival de Música Erudita do Espírito Santo que promove a criação de novas óperas brasileiras a partir de processos de trabalho colaborativos que envolvem artistas da casa e artistas convidados em cada edição.

Coordenado por Livia Sabag, encenadora e diretora artística do Festival, e por Gabriel Rhein-Schirato, maestro e consultor musical do Festival, o Núcleo nasceu da ideia de se criar um espaço permanente onde artistas de diferentes áreas pudessem, através de encontros regulares, realizar um processo no qual texto, música e encenação fossem construídos em diálogo.

Dentre os principais objetivos do Núcleo, destacamos o fomento a novas óperas brasileiras, a experimentação de novas linguagens artísticas em diálogo com o repertório histórico, a abordagem de temáticas que refletem a pluralidade da sociedade dos nossos tempos, além das práticas colaborativas de trabalho e o intercâmbio de artistas capixabas com artistas de outros estados e países.

As primeiras experiências aconteceram na edição comemorativa dos dez anos do Festival, em 2022, com a encomenda da ópera A Procura da Flor, composta por André Mehmari com libreto de Geraldo Carneiro, e do ciclo de canções O Tempo e o Mar, com poemas de Carneiro e música de Marcus Siqueira.

O Núcleo seguiu, a partir daí, a sua parceira com Siqueira, que em 2023 compôs Contos de Julia, com libreto de Veronica Stigger, inspirado em contos da escritora Júlia Lopes de Almeida, e com a colaboração da soprano Eliane Coelho e do jornalista João Luiz Sampaio, curador convidado da 11ª edição.

 Em 2024, o Núcleo deu mais um passo em seus processos de trabalho, com a criação de Clitemnestra, ópera livremente inspirada na Oresteia de Ésquilo, com música de Siqueira, libreto de Livia Sabag e João Luiz Sampaio, e colaboração do maestro Gabriel Rhein-Schirato.

2025

Nesta 13ª edição, o Núcleo volta a contar com a colaboração de Eliane Coelho, agora na criação da ópera A profissão da Senhora Warren, em quatro atos, com música de Maurício De Bonis e libreto de Sabag, Coelho, Rhein-Schirato e do próprio De Bonis. A obra é uma adaptação da peça homônima do autor irlandês Bernard Shaw.

Eliane Coelho
Livia Sabag
Gabriel Rhein-Schirato
Maurício De Bonis